segunda-feira, setembro 12, 2005

Os Eremitas - O descobrimento das Ilhas Ermas

Era um conjunto de três ilhas a quase 100 léguas a oeste da Península Olímpica, incrustada no Grande Continente. Desde os primórdios, um povo habita essas ilhas. Um povo que não era composto por muitos. Aliás, hoje continua não sendo, porém são muito mais numerosos do que antigamente. O povo, hoje, forma uma grande nação, com status de potência, que tem sabido escrever uma grandiosa história e ainda tem uma bela estrada a percorrer. Tratamos do povo das Ilhas Ermas.

Tal nome foi dado pelos governantes do Reino de Steven, que ocupava a Península Olímpica. Os steveninos eram um povo guerreiro e conquistador. Após conquistar toda a Península Olímpica e garantir a segurança do reino contra possíveis invasões de povos vizinhos, passaram a se dedicar ao domínio das técnicas de navegação. Tão logo conseguiram, lançaram-se mar a dentro em busca de territórios. O primeiro território encontrado foi justamente o conjunto de ilhas que batizaram de Ermas, pois julgaram inicialmente que eram desabitadas.

Contudo, um povo vivia ali. Um povo que passou a ser chamado, então, de eremita pelos steveninos. Não foi necessário luta para a anexação das Ilhas Ermas ao Reino de Steven. Os eremitas possuíam o domínio de diversas tecnologias, porém, nenhuma para uso bélico. Os steveninos julgaram não haver necessidade de aniquilá-los, e por considerarem que algumas técnicas dominadas por aquele povo poderiam ser úteis, propuseram o status de protetorado ao conjunto das três ilhas. Os eremitas não tiveram alternativa.

O dia em que os primeiros steveninos desembarcaram no território eremita foi o vigésimo quinto dia do décimo mês da vigésima nona década da existência do Reino de Steven. Este dia ficou conhecido como o Dia do Descobrimento das Ilhas Ermas. Foi numa noite de primavera.

09/09/2005

Primeiro capítulo da coletânea de textos que compõe o conto "Os Eremitas". A seguir serão postados outros textos com os demais capítulos da obra.

Um comentário:

Anônimo disse...
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